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Património Edificado
Património Edificado

Capela de São Domingos

 

 

Os reguengos eram propriedades pertença do rei e o Reguengo Pequeno, tal como outras povoações em redor, tem origem na Carta de D. João I de 1433 que, para atrair mão-de-obra para os seus reguengos, isentava de “impostos” as terras e os trabalhadores.

A capela de S. Domingos, santo venerado na localidade, foi erguida fora da povoação num local, ainda hoje agrícola e ermo, a que deram o nome de casais de S. Domingos. Erguido em finais do século XVI, o templo possui características renascentistas de outros templos da região, em que o alpendre era o prolongamento do espaço religioso no exterior tornando-o, talvez, uma ermida abrigo para peregrinos e viajantes. O alpendre, quadrangular, é de três águas sobre a porta principal com moldura em cantaria, e é sustentado por colunelos de ordem toscana que assentam em murete.

No interior, de uma só nave, a capela-mor encontra-se separada do corpo da igreja por arco cruzeiro circular de cantaria, com vestígios de pintura antiga policromada. O teto é de abóbada e o altar-mor em pedra calcária e de traça moderna. Na parede do altar, em substituição do retábulo, vêem-se três plintos em pedra (pedestais ou peanhas) com as imagens de Santo Antão, São Domingos e São Sebastião, ícones de grande devoção em todo o interior concelho. O coro, sobre a entrada principal, é sustentado por duas colunas em pedra. É um templo singelo e despojado no interior e no exterior.

Na fachada, um pequeno óculo retangular dá luz ao interior e a empena da frontaria em bico é rematada por cruz simples em pedra e, à direita, um pequeno nicho acolhe o sino. O espaçoso e bonito adro da igreja acolhe, anualmente no segundo domingo de janeiro, as festas em honra do seu orago, Santo Antão, o santo protetor dos criadores de gado, dos animais domésticos e de estábulo, bem como das doenças e epidemias.